quarta-feira, 16 de agosto de 2017

O Último Discurso


(Créditos do vídeo: Página Quebrando o Tabu no Facebook)


É com esse discurso lindo de Charlie Chaplin em um dos seus mais brilhantes trabalhos no filme "O grande ditador" que inicio a pauta do texto de hoje... Os protestos nazistas em Charlottesville. Esse protesto nos mostrou o que de mais horrível a humanidade ainda possui: o ódio pelo "diferente". E a palavra diferente está entre aspas pelo simples fato que não somos diferentes por sermos negros, homossexuais ou de outra etnia, todos nós somos pessoas, temos necessidades, direitos. Todos nós morremos, somos carne, osso e sangue, compostos de uma mesma matéria, vivendo no mesmo universo, somos IGUAIS com nossas individualidades. Vimos como a sociedade ainda é retrograda, burra e o quanto ainda é necessário nos colocar na luta pela igualdade, isso só mostrou o quanto ainda temos de racismo e preconceito no nosso cotidiano. 
Temos que nos unir e não medir esforços para mostrar para o mundo que não importa de onde você vem, sua orientação sexual, seu gênero ou a sua cor o que importa mesmo é o que você tem no seu coração, por mais clichê que isso possa parecer, ainda é o amor que move o mundo da maneira certa, ainda é a compaixão e a empatia que nos faz seres humanos melhores. E para vocês que se acham melhores por serem brancos sinto lhes informar - mentira, não sinto não - vocês NÃO são melhores que ninguém, e PASMEM, vão apodrecer debaixo da terra como todos os seres humanos nesse planeta quando morrerem, só que a ÚNICA diferença é que com esses pensamentos ridículos e burros vocês já são a podridão que existe no mundo.

TODOS NÓS TEMOS A RESPONSABILIDADE DE NÃO NOS CALAR DIANTE DO RACISMO, HOMOFOBIA, XENOFOBIA... E TODOS OS TIPOS DE PRECONCEITO, POIS O SILÊNCIO TAMBÉM É CONIVÊNCIA. 


Jéssica Carvalho





segunda-feira, 31 de março de 2014

1° de Abril





Acho extremamente cômico para não intitular trágico, o dia da mentira, para que? Todos os dias as bocas estão cheias de mentiras, todos os dias nos fazem acreditar que isso ou aquilo é o certo, todos os dias a mídia nos enche de mentiras e para que um dia para isso? Para ficar aparente toda a mentira? Para poder justificar as brincadeirinhas de mal gosto?  Para poder dizer que "hoje é dia da mentira, posso mentir", bom a mentira não merece um dia para ela, a mentira não merece atenção. A mentira dói, a mentira devasta, a mentira pode tornar algumas coisas até doces mas por fim amarga. Viva o dia da verdade, viva o dia da sinceridade, isso sim devia ser brindado. Por um dia da mentira sem mentiras, para fugir do padrão e da realidade de todos os dias. 
A mentira tantas vezes contada pode se tornar verdade para quem a conta, tome cuidado, viver na mentira é o mesmo que subir mil degraus duma escada e perceber que permanece no mesmo lugar. Já dizia Russo ''Mentir para si mesmo é sempre a pior mentira...♪♫''

Então, viva a verdade!!   

Jéssica Carvalho

sábado, 7 de setembro de 2013

Sobre a alma




Rostos tão decorados, corpos cultuados mais do que qualquer outra coisa, enquanto o interior anda cada vez mais sem cor, anda pobre, podre. Pessoas exteriormente interessantíssimas e interiormente entediantes. Não culpo ninguém, é mais fácil cativar as pessoas por ter um exterior belo do que esperar que alguém veja que dentro de você existe um grande tesouro. Porque é difícil achar quem olhe para isso. 
E eu que não gosto de nada na superfície sofro, odeio o supérfluo. Odeio essa falta de decoração d'alma. Odeio pessoas vazias, odeio discursos pré-programados e a falta de credulidade das pessoas. Odeio deveras perceber que a cada dia o verdadeiro está se perdendo e eu não posso fazer mais nada, apenas escrever textos talvez com um tom irônico ou de alerta, eu só posso dar minha pequena e talvez irrelevante opinião. Tentar achar quem concorde que é mais importante decorar a alma do que qualquer outra coisa. E pra essas mesmas pessoas mostrar a beleza d'alma, e pra quem gosta de apenas superfície mostrar a beleza da casca que deveras nem é tão bela.



Jéssica Carvalho.

sábado, 29 de junho de 2013

Automáticos


















Dias massantes, afazeres intermináveis, coisas e mais coisas e mais coisas para preencher o nosso tempo, e nada para preencher o coração. Os dias se tornam cada vez mais curtos mas longa é a espera por algo mais, por algo que faça os dias corridos valerem a pena. Meus olhos cansam de olhar mais e mais rostos que não me dizem nada, não demonstram afeição, não esboçam emoção. Rostos cada vez menos emocionais e completamente "racionais", emblemáticos e preocupados.
A época em que vivemos é a época do descontentamento. A época onde um "boa tarde" pode realmente torná-la boa e um sorriso então? Isso porque cada vez menos se vê isso entre as pessoas. Estar vivendo num tempo assim torna a vida um tanto amarga, torna as coisas preto e branco. Olhamos para coisas lindas todos os dias, mas não vemos nada, não vemos o lindo por do sol a cada dia, não ouvimos o canto dos pássaros, nem paramos para apreciar a brisa fria num dia quente.
Cada vez mais nos tornamos seres automáticos, inorgânicos, desumanos... A corrida pelo sucesso, pelo dinheiro, nos faz cada vez viver menos as coisas simples da vida.
Só não se esqueça que nada leva-se desta vida, então porque não viver uma vida doce? Com gargalhadas, brilho nos olhos e alegria... Que tal se desconfigurar, desligar o automático e assumir o controle?
Assuma! Antes que o fechar dos olhos sejam eternos.



Jéssica Carvalho 




"Agora, não fique esperando nada dura para sempre, apenas a terra e o céu.
O tempo foge e todo o seu dinheiro não comprará outro minuto"

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O grito é livre


O povo foi as ruas dar o grito que esteve guardado por todos esses anos, descruzaram os braços e saíram para protestar. Sinto que todos os brasileiros andam se sentindo mais leves sem guardar mais nada, agora o grito é livre! Só não se esqueçam de fechar os olhos para a pimenta não te cegar, 10 ou 20 segundinhos sem respirar para o gás não te afetar. Mas agora abra bem os olhos novamente e veja que isso tudo não é em vão. Não é baderna, não é loucura, não é pela foto no facebook, é pelo futuro da minha pequena, dos nossos pequeninos, é pelo futuro da nação. 
Muitos de nós sempre esperou por esse momento, outros nunca nem sonharam com isso. Mas dentro de cada um de nós sempre morou o descontentamento. O estopim pode ter sido os vinte centavos, mas o grito só saiu porque as gargantas não aguentavam mais o silêncio diante de tanta violência contra os nossos direitos. 

A ordem é nos parar, jogam bomba, spray de pimenta e balas de borracha, mas o que é um pouco de gás, spray de pimenta, quando já se aguentou de tudo sem nem se mexer? Quando já se viu milhares de vezes crianças que passam fome ali lado a lado com o poder legislativo, e permaneceu calado. Quer maior violência que essa? É só ir aos hospitais e ver que pais de família morrem ali todos os dias, por não ter uma estrutura que funcione. Quer violência maior que essa? É ter um dos estádios mais caros do mundo, enquanto a educação do país não vale nem um centavo. 
Já sofremos tanta violência que estamos anestesiados, as balas de borracha doem, mas não dói mais do que ver pessoas passando fome em um país tão rico. O spray de pimenta arde os olhos, nos deixa cegos por alguns segundos, mas não é pior do que anos de cegueira politica. A bomba de efeito moral é amoral, mas não é mais imoral do que a roubalheira que presenciamos calados por tantos anos. 

O Brasil acordou e que nunca mais volte a dormir.




Jéssica Carvalho

sábado, 26 de janeiro de 2013

Nas margens



Vivo nas margens da sociedade e nas margens de mim, pois não sei se existo já que alguém desistiu de mim. 

De minha mãe só me lembro dos olhos, e que muito jovem foi abandonada  pelo homem que dizia que a amava. Se encontrou atordoada, e me abandonou numa estrada. Não tenho afeto, não tenho nada. Nem comida, nem bebida e o pior nem a dignidade a mim foi concedida. 

Sou aquele menino invisível  para qual os ricos fecham os vidros. Aquele que só arranca olhares de pena que é quase imperceptível   

Sou aquele menino, que teve o destino fardado ao fracasso. Pois se a sociedade não me dá uma oportunidade vou continuar entregue ao acaso.    


Jéssica Carvalho.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

O rock está morto!



Titulo bem polêmico né?! Mais não quero que ninguém fale mal antes mesmo de ler. 
Contenham-se.


Ele não está morto e nunca estará. Só que tenho essa sensação quando escuto essas novas bandas, e o “rock” produzido hoje em dia. Parece que com o tempo o povo foi perdendo a rebeldia e a voracidade.  Tem muitas bandas boas por ai, no anonimato, não fazem sucesso e não tem espaço, porque cada vez mais o rock assim como outras vertentes estão se transformando em mero comércio, onde só é produzido e vendido o que a mídia julga bom e comercial. Para mim isso só torna o rock produzido nessa época pobre. O que nos faz ainda mais viver do passado e querer voltar no tempo, e reviver toda aquela atitude que o rock tinha, não importa se era hard, metal ou progressivo era rock, com toda rebeldia e paixão produzidos ou não, tinha publico e ainda tem o que falta são bons representantes nos dias de hoje.
Que nesse dia que nos lembra do nosso bom e velho rock’n roll, nos faça ainda mais ter consciência que nem sempre o que é “comercial” é bom. E que rock acima de tudo é atitude, critica e rebeldia. Não rebeldia infundada, e sim muito bem fundada, porque hoje em dia o que mais temos são motivos para nos levantarmos e ir à luta. Que o rock de hoje possa nos fazer refletir como os de antigamente!





Feliz dia do rock meus caros amigos roqueiros! \m/


Jéssica Carvalho.



Prôeces curtirem  um dos meus álbuns favoritos de uma de minhas bandas favoritas! ♥