Estou preso num cubo sem saída
Estou entre paredes do destino
Sem janelas do acaso,
Na escuridão dos meus delírios.
Estou cercado de paredes.
Os tijolos das ilusões,
As massas da corrupção, nas colunas do
descontentamento.
São meus consolos inseparáveis
Estou algemado ao conceito de livre
Que muito prende
E são poucos os que se libertam.
Vivo num mundo que é corrompido
Pelo desejo do tudo.
Sou apegado a tudo
Mais vivo o nada
Estou preso à vida
Cercado de incertezas
E algemado a sabedoria do mundo
Que pouco sabe o que é livre-arbítrio
Denes Ferreira.